Você está disposta (o) a emagrecer e deve estar se perguntando o que deve fazer para alcançar este objetivo. Comer de forma moderada e fazer exercícios físicos são atitudes necessárias para a perda de peso. Entretanto, apenas isto não basta, pois outros fatores podem interferir no processo de emagrecimento.
Quando a pressa está acima da vontade de emagrecer com saúde, na maioria das vezes, as pessoas optam por dietas radicais que trazem resultados rápidos. E as variações destes tipos de dietas não são poucas, assim como as conseqüências que trazem para o organismo. O maior malefício que as dietas muito restritivas (com muito poucas calorias) trazem para o organismo, é a alteração do metabolismo. O corpo se adapta ao que a pessoa come. Se a pessoa come muito pouco, o metabolismo passa a ser mais lento. Passado o tempo da dieta, a pessoa voltar a se alimentar normalmente, o metabolismo vai estar mais lento e ela vai engordar com mais facilidade.
Além da mudança no metabolismo, as dietas radicais promovem perda de massa muscular. Quando a pessoa perde 2 kg por semana, por exemplo, está eliminando massa muscular e água do corpo. É isso que causa diferença na balança rapidamente, pois a mobilização de gordura demora mais, já que, 1 kg de gordura são em média 7.700 calorias. Sinal vermelho também para os medicamentos voltados para auxiliar no emagrecimento. Por exemplo, os inibidores de apetite. Quando a pessoa para de tomar, a fome volta, a quantidade de calorias ingeridas aumenta, e conseqüentemente, ocorre o aumento de peso.
O ideal é seguir uma dieta balanceada, com restrições adequadas (gordura, açúcar) e perder cerca de 500 gramas por semana. Assim quem está de dieta terá uma perda de peso constante e saudável. O nutricionista é o profissional mais indicado para orientar a dieta mais indicada para você. Lembre-se emagrecer é um processo físico e emocional.
Abaixo estão algumas dicas muito valiosas para quem quer perder peso:
1. Avalie se você possui algum problema orgânico: considerando que o emagrecimento depende do ritmo metabólico do organismo, é importante que você se certifique de que não possui nenhum problema físico que possa interferir na perda de peso. Um organismo que funciona de maneira correta, deve responder, mais cedo ou mais tarde, aos esforços da reeducação alimentar. Se você perceber que, mesmo com uma alimentação correta e com a realização de exercícios físicos, o emagrecimento não acontece, é hora de consultar um médico para avaliar o problema.
2. Trate as dificuldades emocionais: o emagrecimento pode ser muito prejudicado pela presença de problemas emocionais. Transtorno de ansiedade, depressão, compulsão alimentar e transtorno bipolar são algumas doenças que trazem grande prejuízo à vida do indivíduo e que têm forte impacto sobre a perda de peso. Todos estes problemas podem ser tratados, desde que um psicólogo ou psiquiatra seja consultado.
3. Tenha autodisciplina e constância: o processo de emagrecimento depende da reeducação dos hábitos alimentares e da realização de exercícios físicos. Tudo isto exige uma reorganização da rotina e das práticas diárias. O sucesso destas mudanças depende da autodisciplina e da constância das atitudes. Sem elas, o emagrecimento não passará de uma simples intenção.
4. Promova o envolvimento familiar: é importante que a família esteja ciente e contribua com a sua decisão de emagrecer. Obviamente, não é necessário que toda a família adote hábitos semelhantes aos seus, mas ela deve estar disposta a colaborar e facilitar seu processo de emagrecimento.
5. Saiba perdoar os próprios erros: Ainda que você adote novos hábitos e que se esforce para manter a constância de suas atitudes, é importante que você compreenda que lapsos e recaídas fazem parte do processo de emagrecimento. Se você cometer algum deslize não o encare como uma derrota: na próxima refeição retorne à dieta e volte a se alimentar de forma saudável. É como numa viagem quando entramos na rua errada, fazemos o primeiro retorno e voltamos para a direção correta. Aprenda com os erros e siga em frente!
Autora: Suelen Wilczak – Nutricionista da Clínica Hauer – CRN 8 6044
Fontes: CUPPARI, Lílian, Guia de Nutrição, 1ª edição brasileira -2002 – Barueri,SP:Manole ; Manual de orientações nutricionais: HC – UFPR/ Universidade Federal do Paraná; Hospital de Clínicas – Curitiba: Unidade de Nutrição e Dietética do HC, 2004. ; MARTINS, Cristina; MEYER, Luciane Rinaldi; SAVI, Fabiane;Morimoto,Ivone M.: Manual de Dietas Hospitalares; Nutroclínica;